
Ele caminhou desnorteadamente para um vale qualquer, tentando achar o mar. Algo em seu corpo o movia em direção ao litoral. Suas pernas se locomoviam rapidamente para aquele antro de água salgada.
Ele era um perdedor. Ele sabia. Por onde passava, as pessoas o reconheciam, zombavam de sua cara, apontavam para aquele pobre ser “aaaaaaahahah loser!!”. Conseguiria ele conseguir continuar conseguindo viver com o fardo da derrota?
Aproximava-se cada vez mais do tão esperado chão com areia fofa. Ansiava pela chegada ao seu novo lar. Mesmo longe do interior, as pessoas ainda apontavam para sua cara de infeliz “ahhhh perdeu troooooxa”.
Ele pouco ligou. Continuou sua jornada, de cabeça baixa, sim, mas com a determinação de um herói. Já estava bem próximo de seu objetivo, ou melhor, estava lá! Conseguia ver o mar que brilhava a sua frente. As ondas pertinentemente batiam perto de seus pés.
Joelson finalmente adentrou no mar e exclamou “a partir de hoje serei um pirata”. E entrou no mar, agora de cabeça erguida.
Um tubarão que ali passeava confundiu Joelson com uma foca suculenta, abocanhou seu pênis de uma maneira voraz. Joelson saiu do mar correndo. Sangrando na região peniana.
A praia inteira zombou de Joelson, que nunca mais desejou ser um pirata. Contentou-se com a trilogia de Piratas do Caribe.
Um comentário:
Quanta pertinência
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