Tudo começou com um “porque meu deus, por quê?”. Foi assim que Dorival Godoy iniciou o último dia de sua vida. Levantou deprimido de sua cama e foi para o banheiro cagar. Pegou a revista Cláudia que estava na pia e começou a ler. Algumas matérias o fizeram lembrar do tempo em que era aceito como vendedor de x-carnissas. Fez duas bolinhas de merda, se limpou, exagerando na quantidade de papel higiênico, já que sabia que esse seria o último dia de sua vida.
Exagerou na quantidade de café em pó e no bolo que havia comprado alguns dias antes. Passou muita manteiga no pão e tomou o vinho que havia guardado para um momento especial. Exagerou. Pois esse seria o último dia de sua vida.
Estava determinado a acabar com seu sofrimento. Começou a procurar um jeito eficaz de se matar. Olhou para a faca de manteiga. Não. Olhou para o “mata-baratas” em cima do armário. Ná! Olhou para um vídeo no youtube, intitulado “Pentamerdão”. Bah!. Olhou, finalmente, em um blog onde pessoas morriam tropeçando em buracos.
Não deu outra, Dorival caminhou até seu depósito e pegou uma pá. Cavou em seu jardim, um buraco relativamente grande. Olhou para o buraco e o buraco olhou para Dorival. Distanciou-se cerca de dez metros do buraco e saiu correndo em sua direção. O que ocorreu foi uma cena patética, de um homem tentando se matar tropeçando em um buraco relativamente grande. Isso não acontece na vida real.
Dorival levantou frustrado. Voltou para o depósito para procurar algum outro tipo de arma. Achou um foguete relativamente grande que havia guardado para soltar no ano novo. Como esse era o último dia de sua vida, não hesitou em usá-lo.
Foi até o jardim com uma caixa de fósforos na mão. Atochou o foguete relativamente grande em seu ânus e acendeu o pavio. Dorival explodiu.
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