17.4.07

BIGUIBADA - O Simão

O planeta “Biguibada” aparenta ter várias semelhanças com o nosso planeta Terra, mas quem observar bem pode detectar certas peculiaridades na vida desses humanóides que às vezes dificultam ou facilitam o desenvolvimento de sua civilização.


I - O Simão


O mais óbvio que logo se observa ao encontrar seus habitantes é um globo luminoso localizado acima de suas cabeças, algo muito semelhante a uma sirene.
Isso na verdade é um dos diferentes órgãos que fazem parte de suas peculiaridades. Chamado de “Simão”, ele serve de alerta quando uma pessoa libera gases, ou seja, um simples peido aciona a sirene que toca violentamente e libera uma luz vermelha ofuscante por exatos 30 segundos. Os mais idosos apresentam variações nesse tempo, devido à deterioração do Simão. Os habitantes já estão acostumados em serem interrompidos pelo toque do Simão durante reuniões, sermões e até sessões de cinemas. O que diferenciou isso na cultura deles se comparado com a nossa é que o peido é algo muito mais incomodo e sua alimentação é baseada em alimentos que não favoreçam a liberação de gases, mesmo que algumas vezes durante o dia seja inevitável.
Cientistas tentam a todo custo achar um modo eficaz de retirar cirurgicamente o Simão, porém nas primeiras cirurgias foi analisado que junto com o Simão sempre saía junto um pedaço do cérebro, responsável pela coordenação motora, o que fez com que as cobaias se tornassem pessoas aparentemente embriagadas eternamente. Os estudos ainda estão em desenvolvimento, porem os médicos acreditam estar longe de uma solução.
Enquanto isso os habitantes de Biguibada terão que conviver com o incômodo do alarme do Simão e se envergonhar de seus peidos.
Jovens rebeldes costumam mudar a cor de seus Simão, que pode variar entre o amarelo, verde e azul cintilante.
O Simão se resumi numa fonte de luz vermelha envolta de um tecido transparente altamente resistente. Porém os que conseguem romper esse tecido morrem instantaneamente devido a uma hemorragia acompanhada com um vazamento cerebral.
O órgão não tem um desenvolvimento acompanhado pelo corpo, a criança já nasce com o Simão do tamanho que terá para o resto de sua vida. O tamanho varia entre 20 e 30 cm de comprimento e um diâmetro de 15 a 20 cm. Isso faz com que o pescoço da criança se desenvolva mais rápido que o corpo, para que assim possa sustentar o Simão. Devido a seu peso, enquanto o pescoço não se desenvolve, a criança é incapaz de andar, levando assim o seu período de engatinhar mais longo do que nós conhecemos.
Diversos filósofos e místicos atribuem um valor especial ao Simão. Diversas mitologias foram criadas, porém uma é a mais conhecida, chamada de “Biguibadabum”.
Ela se baseia em teorias de que seres de outros planetas vieram á muito tempo atrás para o planeta Biguibada e escravizam os seres que lá existiam. Os habitantes de Biguibada foram obrigados a se alimentar da dieta básica dos seres invasores, o que ocasionou uma disfunção no sistema digestório e assim a liberação de muitos gases. Os invasores se mostraram sensíveis a certos gases e assim implantaram um sistema que sinalizaria cada vez que um Biguibada peidasse. Esse indivíduo era castigado cada vez que executava o ato. Depois de 200 anos de escravismo, os seres de Biguibada se reuniram e peidaram todos ao mesmo tempo, causando um colapso nos invasores, que assim foram destruídos.
Isso tudo não passa de uma lenda, que a maioria não acredita. Nenhuma evidência foi encontrada para que ela fosse comprovada, apesar de diversos livros antigos contarem a mesma história com poucas variações.
O Simão tem uma segunda função, que será a próxima peculiaridade mostrada aqui.

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