23.10.07

ANIMAIS INFELIZES II - Cão do Inferno

Robsonson era um adorável cachorro. Foi adotado por uma família de evangélicos, onde o pai da família era pastor, o filho era aspirante a pastor e a mãe era lanterninha de cinema.
O cão fez a alegria da família, tiveram dias de extrema felicidade, brincavam no parque, corriam atrás da bolinha, liam a bíblia para o cão, oravam com o cão, iam às sessões de descarrego com o cão e passeavam com o cão. A vida não podia ser melhor.
Porém, a vida não é tão linda quanto parece e Deus não é tão misericordioso quanto dizem por aí. O pai da família, por ser um pastor honesto, despertou a ira de Deus, que resolveu paunocuziar com a família feliz de Robsonson.
Em poucas semanas, o cão começou a ter comportamentos suspeitos. Começou a ouvir Iron Maiden, a fumar cigarro, a beber, a usar só preto, a assistir as novelas da Globo, a idolatrar santos e usar crucifixos.
A família logo levou o pobre cão a uma sessão de descarrego e o demônio (lê-se Deus) do corpo do cão foi finalmente exorcizado.
Robsonson se assustou com o ritual e fugiu. Longe da comunidade evangélica, Deus então poderia usar o cão da maneira que desejasse.
Hoje, Robsonson está completamente possuído pelo demônio (lê-se Deus), sua aparência é asquerosa (veja a foto acima) e mantém um trabalho de vigilância no vaticano, seu apelido é Cérbero.

18.10.07

ANIMAIS INFELIZES I - Porquinho da índia

Conheçam Billy Boy. Ele é um porquinho da índia. De porco ele não tem nada, está mais para um roedor. Ele é um roedor.
Quem o comprou foi seu ex-dono, Bogo Boy. Aos sete anos de idade, Bogo queria um animalzinho de estimação e sua mamãe comprou um porquinho da índia. Em homenagem a si mesmo, Bogo nomeou o pequeno animal de Billy Boy.
Sim, Billy é fofinho. E Bogo não era uma criança exemplar.
A vida de Billy foi sofrida, tadinho de Billy. Bogo costumava jogá-lo na privada para ver o que acontecia. Deixava-o trinta segundos no forno de microondas. Dava pimenta moída de comida. Botava-o dentro de suas calças. Obrigava Billy Boy a usar drogas ilícitas.
Em um belo dia na vida de Billy, um cientista ofereceu cinco reais para Bogo Boy em troca do pequeno animal.
Esse foi o dia mais feliz na vida de Billy, que entrou no carro do cientista e pôde ver toda a cidade em que morava e não conhecia até então.
O carro parou em frente a um laboratório e Billy pensou “Nhinhhhinnhinnrrrrgg”, que na linguagem porquinho-indianes quer dizer “Bom, vejamos, se ele é um cientista, obviamente trabalha em um laboratório”.
Infelizmente a felicidade de Billy acabou naquele infeliz momento. Colocado em uma jaula, o cientista iniciou o processo, chamado por ele de “Termômetro com aspecto de fidalgo introduzido em cobaia peluda – analmente”.
Billy não agüentou, seu cuzinho era muito apertadinho e o termômetro o arrombou. Antes de morrer de hemorragia Billy grunhiu “Nhanhaiiiiixiiii”, que na linguagem porquinho-indianes quer dizer “acho que sou viado”.